Imagem para a Definição de Contornos
A definição dos contornos
do corpo d’água a ser modelado pode ser obtida através de diversas bases, como
por exemplo:
w Imagem de
satélite, sendo que a fonte mais popular é o Google Earth;
w Cartas
náuticas;
w Cartas
topográficas;
w Fotos
aéreas.
O detalhamento dos
contornos deve estar de acordo com os objetivos do projeto e a precisão
desejada nos resultados da modelagem.
Qualquer que seja a fonte
para obtenção dos contornos do domínio de modelagem, deve-se observar a data em
que foi gerada a informação e se houve mudanças nos contornos do corpo d’água
desde então. Alguns exemplos destas alterações podem ser: construção de pontes,
estradas, aterros, engordamentos ou retrogradações de praias, surgimentos de
ilhas devido ao acúmulo de sedimentos, etc.
Caso a base a ser
utilizada para a definição dos contornos do corpo d’água a ser estudado estiver
impressa em papel (cartas, fotos, etc.), esta deverá ser digitalizada através
de um scanner e salva com formato de figura, como por exemplo: *.gif, *.jpg,
*.bmp. As imagens de satélite apresentam a vantagem de já estarem disponíveis
em meio digital, além da maior possibilidade de obter informações mais
atualizadas.
Na maior parte das vezes
os arquivos digitais de imagens de satélite e de cartas já estão
georreferenciados.
Para escalar uma figura sendo ela em: Imagem de satélite; Carta náutica; Carta topográfica; Foto aérea, etc.; precisamos usar programas como: Surfer, Grapher, ArcGIS, etc. Veja a seguir como escalar uma figura e montar um Mapa Base usando os Programas Surfer, Grapher e Didger. Vale ressaltar que estes métodos são atualmente vistos como alternativa, uma vez que já há ferramentas mais eficientes disponíveis, como por exemplo o Google Earth.
Porém essas dicas são importantes para outras etapas da modelagem. Muitas vezes a única informação que se tem de distribuição de sedimentos de fundo, por exemplo, é alguma figura publicada em artigo ou tese. Para extrair essa informação é preciso digitalizar o mapa e colocá-lo nas coordenadas corretas, e assim obter o (x,y,z), sendo z a informação necessária.
A base digitalizada ou imagem de satélite deve ser importada como ‘Base Map’ pelo programa Surfer, onde serão definidos os contornos do corpo d’água. Neste momento, deve-se proceder a uma correção de escala, porque o Surfer assume uma escala (coordenadas x e y visualizadas no canto inferior direito da tela do Surfer) que não corresponde à escala original do mapa e sim aos números nos pixels da imagem.
Como
chamar a base no programa Surfer.
Como
escalar a base no programa Surfer.
Na seqüência, após a imagem
estar com a escala correta no Surfer, já podem ser definidos os contornos de
terra e água do corpo d’água a ser estudado, como apresentado no item a seguir.
Os contornos de terra e mar definidos neste mapa formarão o mapa base final de
trabalho.
A base digitalizada ou imagem de satélite deve ser importada como ‘File > Import’ pelo programa Grapher, onde serão definidos os contornos do corpo d’água. Neste momento, deve-se proceder a uma correção de escala, porque o Grafer assume uma escala (coordenadas x e y visualizadas no canto inferior direito da tela do Grafer) que não corresponde à escala original do mapa.
Como
chamar a base no programa Grapher.
Como
escalar a base no programa Grapher.
Na seqüência, após a
imagem estar com a escala correta no Grafer, já podem ser definidos os
contornos de terra e água do corpo d’água a ser estudado, como apresentado no
item a seguir. Os contornos de terra e mar definidos neste mapa formarão o mapa
base final de trabalho.
No grapher também é
possível digitalizar gráficos para obtenção dos valores da curva, e é feito
pelo mesmo processo de mapas.
A base digitalizada ou imagem de satélite deve ser importada como ‘File > Import Bitmap’ pelo programa Didger, onde serão definidos os contornos do corpo d’água. Neste momento, deve-se proceder a uma correção de escala, porque o Didger assume uma escala (coordenadas x e y visualizadas no canto inferior direito da tela do Didger) que não corresponde à escala original do mapa.
Como
escalar a base no programa Didger.
Na seqüência, após a
imagem estar com a escala correta no Didger, já podem ser definidos os
contornos de terra e água do corpo d’água a ser estudado, como apresentado no
item a seguir. Os contornos de terra e mar definidos neste mapa formarão o mapa
base final de trabalho.
Com o mapa base (imagem) apto a ser trabalhado, ou
seja, escalado corretamente no Surfer, no Grapher ou no Didger, pode ser feita
a definição dos contornos do corpo d’água, de acordo com o domínio de modelagem
de interesse.
Os contornos a serem
definidos são os contornos fechados, chamados contornos de terra, e os
contornos abertos, que representam um limite de conveniência demarcando o
domínio em água.
Para exemplificar o
procedimento para definição dos contornos, será utilizado como exemplo, uma
imagem da Baía de Guanabara, onde serão digitalizados os contornos de terra e
de mar.
Os contornos de terra representam as margens do
domínio de modelagem. Nele são representadas as margens, estuários, como
desembocaduras de rios de interesse, ilhas e ilhotas do espelho d’água.
Como digitalizar contornos no Surfer.
Como digitalizar contornos no
Grapher.
Como digitalizar contornos no Didger.
Também é possível gerar
contornos com mapas gerados no AutoCAD (arquivos com extensão *.dwg). É
necessário que o desenho esteja geo-referenciado, ou seja, com coordenadas UTM.
O Surfer reconhece o formato base do AutoCAD (*.dxf), que preserva apenas as
linhas e pontos georreferenciados, enquanto que o formato *.dwg preserva todas
as configurações como blocos, layers e cores. Pode-se usar conversores para
transformar a extensão do AutoCAD para um formato compatível com o Surfer. Ou
ainda importar diretamente para o Surfer e então exportar em *.bln (formato
aceito para contornos no SisBaHiA®).
A digitalização dos
contornos de terra e também de mar, como descrito no item a seguir,
possibilitará ao usuário a definição do domínio de modelagem para a confecção
da malha de elementos finitos.
O contorno aberto, ou contorno de água ou de mar,
representa um limite de conveniência demarcando o domínio em água. Ou seja, o
encontro da massa d’água a ser modelada com a massa d’água exterior.
A digitalização do
contorno de mar é uma complementação ao contorno de terra. Alguns pontos da
digitalização do contorno fechado podem ser utilizados no contorno aberto.
Deve-se entender que o contorno de mar representa o limite exterior ao domínio
de modelagem. O item apresentado a seguir ilustrará esta representação dos
contornos e o resultado final deste processo.
Após executar as etapas
anteriormente descritas, o usuário pode unir os contornos de terra e de mar
digitalizados para criar o mapa base.
Criando o mapa
base no Surfer.
Definindo
padrões no mapa base no Surfer.
Com o mapa base criado,
com os contornos de terra e de mar definidos, o usuário já pode iniciar a
confecção da malha de elementos finitos, descrita no item a seguir.
Última revisão: 11/07/2017.